quarta-feira, 18 de maio de 2016

O Novo Vôo da Águia


A águia é a ave de maior longevidade. Chega a viver setenta anos. Entretanto, para alcançar

essa idade, aos quarenta anos ela precisa tomar uma séria e difícil decisão.

Aos quarenta anos, suas unhas estão compridas e flexíveis, por isso ela não consegue mais

agarrar as presas das quais se alimenta.

Seu bico, antes alongado e pontiagudo, se curva.

Suas asas estão envelhecidas e pesadas em razão da grossura das penas, e voar já lhe é difícil.

A águia só tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação

que irá durar cento e cinqüenta dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha, e se recolher em um ninho

próximo a um paredão, onde lá não necessite voar.

Após encontrar esse refúgio, a águia começa a bater com o bico na parede, até conseguir arranca-lo.
Em seguida, espera nascer um novo bico, com o qual, depois, arrancará suas unhas.

Quando as novas unhas começam a nascer, a águia se põe a arrancar as velhas penas.

E só cinco meses depois é que a águia abandona o alto da montanha, em seu conhecido vôo

de renovação, para viver mais trinta anos.

Na nossa vida, muitas vezes, se dá o mesmo, temos de nos resguardar por algum tempo até

iniciarmos um processo de renovação.
Esse processo em muitas vezes é sim doloroso angustiante mas totalmente necessário. Para que continuemos a voar um vôo vitorioso, devemos nos desprender de lembranças,

costumes e de outras tradições que nos desgastaram. E ainda, ter a coragem de mudar.

Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma transformação nos trara.

“ TODOS NÓS TEMOS A VOCAÇÃO DE TRANSFORMAR NOSSA REALIDADE DE

CALVÁRIO, EM REALIDADE DE RESSURREIÇÃO DE UM NOVO HOMEM VAMOS

 APROVEITAR ESSE PERÍODO DE PASCOA PARA NOS ENCORAJAR A TOMAR ESSA DECISÃO ”

Por Joane Marques

O Que Você Queria Ser aos Cinco e Dez Anos?


                                                                               Por Paula Abreu


Muitas pessoas me escrevem dizendo que já viveram tanto tempo segundo as crenças e limites impostos pelos outros, que já não sabem mais quais são os seus sonhos e paixões. Essas pessoas buscam desesperadamente responder à pergunta: “qual é a minha paixão?”.

Na maioria das vezes, a resposta é tão óbvia que a gente pensa que ah, vai!, não pode ser.

A verdade é que a sua paixão é qualquer coisa que você sempre gostou de fazer, por toda — ou quase toda — a sua vida. Simples assim.

Uma pergunta que eu sempre faço quando estou ajudando algum dos meus clientes de coaching a descobrir suas paixões é a seguinte: O que você queria ser aos cinco e dez anos?
Não necessariamente a resposta vai ser o que você gostaria de ser agora, claro. Além disso, entre cinco e dezoito anos — quando normalmente a gente é pressionado para decidir a profissão — a gente muda de ideia algumas vezes, ou tem mais de uma opção que nos interessa ao mesmo tempo.

Por isso mesmo, o próximo exercício é pensar quais habilidades e metáforas estão representadas por cada uma dessas profissões que encantavam a gente na infância e adolescência.

Eu, por exemplo, já quis ser bombeira. Alguns anos mais tarde, eu considerei fazer psicologia. Me encantei por engenharia genética quando descobri que existia. E desde sempre, queria ser escritora.

Quando parei de advogar e finalmente analisei com calma todas as profissões que, em algum momento, eu tinha considerado seguir — ainda que por um breve período, ou quando muito jovem — percebi que havia algo em comum entre todas aquelas profissões aparentemente tão diferentes (inclusive o Direito).

No fundo, o que eu queria era poder ajudar pessoas em um momento crítico da vida delas, em um momento de crise. E o desenvolvimento pessoal me atraía.

Mesmo tendo publicado dois outros livros, e mesmo um deles sendo um livro sobre adoção que certamente ajuda muita gente, eu ainda não me sentia realizada como escritora.

Foi só quando eu montei o meu quebra-cabeças pessoal, consegui juntar todos os meus interesses e comecei a escrever para ajudar o meu leitor a se desenvolver, a ser alguém melhor, que eu finalmente me senti feliz.

Nem sempre você tem que fazer exatamente aquilo que sonhava aos cinco ou dez anos para se realizar. O que você precisa é manter a essência das habilidades e metáforas representadas pelo que você queria ser e buscar como, na sua vida atual, você pode transformar isso na sua nova realidade.